Há cerca de 6 anos fui desafiada pelo Padre Ricardo Neves para fazer parte de um grupo de Cristo na Empresa enquadrado na ACEGE. Ele seria o Padre assistente. Estava num momento da minha vida em que viajava bastante e lutava muito com o tempo de qualidade que dedicava à família. Lembro-me com saudade desse contacto… Pois passado um minuto já estava a dizer que sim. Era impossível dizer não ao Padre Ricardo. Por várias razões, pela sua alegria e entusiasmo contagiante mas acima de tudo por saber que dizer que Sim era dizer Sim a Deus, dizer que Sim a um projecto que se veio a revelar de uma importância tão grande no meu crescimento da Fé, na minha unicidade de vida!
Participei no Congresso da ACEGE em 2012 e apercebi-me melhor da riqueza e da força do movimento que hoje tenho orgulho de pertencer.
Em 2012 o António Pinto Leite convidou-me para ser membro da Direcção. Sem saber muito para o que ia, aceitei e aqui estou hoje já sabendo bem para o que estou, desta vez com a Presidência do João Pedro Tavares. São dois Líderes que nos inspiram, que nos incluem nesta vontade de também nós podermos inspirar com quem nos cruzamos a vivência da nossa Fé, a vivência do Amor no nosso trabalho. Tudo o que fazemos é com a ajuda de Deus e é por Ele que aqui estou.
É assim que assumo esta responsabilidade, pela vontade de Servir, de Dar, de Ser Mais.
Decididamente o que mais me impressiona são as pessoas, os membros da ACEGE. A generosidade com que se dedicam a valores fundamentais, de todos os que participam activamente nesta missão comum. A inspiração que levo do meu grupo Cristo na Empresa. O caminho em comunidade faz-se melhor, com mais vigor.
Valorizo assim a ACEGE enquanto Igreja no meu trabalho, na construção de uma sociedade mais justa pelo primado absoluto do Amor ao próximo.
Os Grupos Cristo na Empresa têm tido um papel determinante na minha caminhada. Um grupo que debate temas que nos inquietam a todos, que partilha, que cria, que desenvolve. Um grupo onde fomos desenvolvendo laços de confiança e amizade muito especiais que nos sustenta nas dificuldades e alegrias que vamos tendo.
Não posso no entanto deixar de referir todas as iniciativas da ACEGE que se orientam em espalhar o critério do amor na formação de uma nova geração de líderes. É uma ACEGE virada para o futuro, para a construção de um mundo melhor.
O reconhecimento da minha unicidade de vida, tenho Fé e sou gestora. Uma só perspectiva, uma só forma de estar, um só princípio de Amor.
Este princípio traz-me desafios concretos, de estar mais para os outros, de ouvir mais os outros.
Este princípio desafia o que faço e sou. Desafiou em concreto as minhas opções profissionais, na procura de um propósito de vida com o máximo significado. Quando se exerce a nossa profissão com este critério, a procura de como melhor servir e amar, como melhor pôr a render os nossos talentos está sempre presente. Porque só servindo e fazendo crescer nos desafiamos e crescemos também.
Vivemos numa época com desafios extraordinários que requerem medidas e compromissos extraordinários. Por isso diria… Não deixar de lutar pelos seus ideais, de lutar contra a globalização da indiferença que muitas vezes assistimos. Estar mais aberto ao mundo, sendo Igreja em trabalho no desenvolvimento e sustentabilidade. De seguir o Amor como critério de gestão.
Este caminho não pode ser feito sozinho. Este sentido de rede, de entre ajuda, de debate de ideias com uma comunidade de valores comuns é a proposta da ACEGE.