“Portugal no Futuro à Luz do Amor ao Próximo”

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Numa sala esgotada e plena de Empresários e Gestores jovens, realizou-se na Fundação AEP no Porto o arranque para o novo Ciclo de Conferências ACEGE 2013/2014 tendo como palestrante o nosso Presidente António Pinto Leite que, ao seu estilo de excelência numa comunicação plena de espiritualidade e de missão, iniciou com a feliz coincidência de apadrinhar o novo Presidente do Núcleo Portuense, João Anacoreta.

A ACEGE é um movimento, uma peregrinação a pé, a favor dos seus membros e com influência pública, onde o Núcleo do Porto assume uma superior importância pelo simbolismo que insere em termos das suas Empresas, das suas redes Familiares e para a Transmissão dos Valores da Família nas Empresas, afirmou António Pinto Leite.

A mensagem central da ACEGE é directa: adoptemos o princípio do amor ao próximo como critério de gestão empresarial. Parece absurdo, inaplicável, místico ou mesmo ridículo. Mas não é: significa tratar os outros como gostaríamos de ser tratados se estivéssemos no lugar deles.

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A ACEGE nasceu em 1952, há 60 anos. Nela e com ela se escreve a história dos Líderes Empresariais Cristãos desde o pós-guerra até hoje. É uma história de Responsabilidade Social em todas as circunstâncias. Atravessámos períodos dificílimos, como aquele que agora nos coloca esta desmedida exigência, mas a Esperança foi sempre superior à Realidade, transformando-a.

Todos os líderes empresariais cristãos devem ponderar juntar-se na ACEGE. Por ser a única Associação Empresarial Cristã, pelo seu compromisso com a Igreja Católica, por não haver cristianismo sem testemunho.

A ACEGE não impõe, nem julga.

O Amor é o mais poderoso critério racional de liderança de uma organização. Permite decidir sem grande esforço. O Amor é sério e honesto, o Amor é responsável diante dos riscos, o Amor é sensível com os mais fracos. O Amor procura a competência para poder servir. O Amor tem os outros no centro das suas preocupações. O Amor não é ganancioso, nem árido de valores, nem obsessivo com o lucro pessoal. O Amor é ansioso por dar frutos e multiplicar.

Nenhum critério pode ser mais pragmático ou operacional. Ao tomarmos decisões, coloquemo-nos sempre no lugar do nosso colaborador, do nosso fornecedor, do nosso cliente, do nosso accionista, da comunidade que nos envolve e sofre, dos que hão-de vir e esperam receber de nós um mundo vivível.

No lugar deles, que esperaria eu de mim?

Não se trata de gerir de modo ingénuo ou impossível, de recusar ser competitivo, de não enfrentar o sofrimento, como um despedimento, quando necessário. Nada disso. Trata-se de fazer tudo o que uma boa empresa impõe trazendo aquela pergunta na nossa consciência:

Tratar os outros como gostaríamos de ser tratados se estivéssemos no lugar deles?

Nunca como hoje a empresa foi tão importante como instrumento do Bem. Nunca como hoje houve tanto para fazer e tanto de Bom para partilhar entre responsáveis empresariais. Nunca como hoje Portugal teve uma geração jovem com tantas competências e tantos com um ideal tão nítido de plenitude humana.

Portugal no Futuro, sim, mas chegou o tempo de nos colocarmos num tempo novo! Um tempo de Escassez, Velho e Global, sendo Bom e Mau mas onde os Líderes Empresariais de topo devem entender a sua responsabilidade maior, sem distracções: Com serenidade, pelo Exemplo; com compaixão, nas Dificuldades; com esperança, no Futuro ! Como ideia forte, aconselhou atravessarmos juntos e unidos estes tempos de dificuldades em que todos vivemos!

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Anunciada a Conferência-Manifesto, conjuntamente com a CIP, IAPMEI, APIFARMA, Bastonários das Ordens, Universidades, CMVM, Subscritores do Pagamento Pontual, etc., com o objectivo de alertar contra o drama criador de desemprego, de falência de empresas, do encolhimento da economia, a que temos assistido pela Falta de Pontualidade nos Pagamentos, com o Estado a ser o primeiro nesse exemplo! É tempo de todos combatermos a favor de um novo Ciclo Virtuoso dos Pagamentos e de Ética Empresarial.

Segundo o estudo dos consultores Augusto Mateus & Associados, nos últimos 5 anos 72.000 desempregados estiveram directamente ligados aos atrasos dos pagamentos, onde os 60 dias recomendados pela Comunidade Europeia, ou como a ACEGE sugere pelo cumprimento do prazo acordado, atingiram a média de 86 dias nas empresas e superior a 130 dias no Estado (Entidades Públicas). São15.000 desempregados por ano, devido à nossa negligência, ou de uma qualquer nova “Ética Moderna”?

Se o prazo dos 60 dias fosse cumprido, 120.000 postos de trabalho seriam criados!

Numa partilha de opinião, sobre temas a reclamar uma reflexão e a que chamou de “vacas sagradas”, referiu por exemplo o da greve geral, e onde todos os anos assistimos no início de Agosto ao desespero de ca 300.000 compatriotas vendo-se prejudicados no regresso a férias; sabem que a greve geral não é permitida na Alemanha, pergunta; ou, sobre o tribunal constitucional e o tema da equidade, quando estamos em presença de uns que pagam os impostos a suportar os sem valia? Ou, de difícil compreensão o Estado / Função do Estado vs. os pagadores de impostos, serem os que mais sofrem? Falar em limites ao sofrimento quando um dos lados, o privado, é quem mais sofre, veja-se pelo desemprego! Também, o sofrimento tem que ser distribuído! Ou, quem suporta a Economia, e o Estado Social?

Ou, não seria preferível a partilha do trabalho para evitar o desemprego? Também aqui os Privados trouxeram a solução! E porque não também no Estado, sendo que sempre seria melhor ter trabalho, mesmo ganhando menos!

Temos um passivo social gigantesco, quem ajuda?

Vivemos a trabalhar até ca 15 de Setembro para o Estado! Até quando? E é moral ou equitativo? Para quando uma melhor gestão dos dinheiro públicos (os nossos impostos)? Como resultado, ou nos Internacionalizamos, com os talentos Portuguesas a emigrar, ou caímos na Pobreza, num status que não é sustentável de se manter!

António Pinto Leite e a ACEGE a passar a mensagem, de peregrinação a pé, um propósito, com Fé, juntos, e referindo, “onde a nossa Tropa de Elite, as equipas Cristo na Empresa, Líderes Empresariais também presentes neste almoço/debate, em permanente diálogo e análise da realidade nas suas empresas, pugnando por uma Gestão Responsável, de Boas Práticas, dando o Exemplo de Ética e Humanismo, mas conscientes de que no topo das nossas vidas está uma economia competitiva”, ou, “com lideres humanizados, tratando os outros como estivessem no lugar deles e ao juntarem-se à ACEGE, fazendo parte deste movimento”, ou, “devemos evitar amputações nas empresas”, e, ”é na problemática selva do mundo dos negócios onde é mais necessária a mensagem do amor como critério de gestão”.

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Sobre o seu mais recente livro “O Amor como Critério de Gestão” fomos informados de que a Universidade Nova de Lisboa está a elaborar um estudo sobre “Qual o Valor Económico deste Critério”, bem como “Se todos os agentes actuassem segundo este critério qual o seu output da economia e da sociedade”, bem como ter sido traduzido em Inglês e enviado a 100 Universidades de topo.

Líderes com valores cristãos fazem organizações humanizadas. Organizações humanizadas fazem pessoas felizes. Pessoas felizes fazem empresas produtivas. Empresas produtivas fazem uma economia competitiva. Uma economia competitiva faz uma sociedade justa, terminou António Pinto Leite agraciado com um forte e longo aplauso. Assim a ACEGE o acolhe.

Bem-haja Caro António.

ACEGE-Núcleo do Porto
David Forrester Zamith