Empresas familiares são alicerce da economia

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O núcleo de Leiria da ACEGE realizou a 28 de Junho, nas instalações da Vidigal Wines, nas Cortes, o Colóquio “A Sucessão nas Empresas Familiares e suas Implicações Fiscais”. Tendo como orador o Ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, o evento reuniu várias gerações de empresários.

Para o advogado, “as empresas familiares são o alicerce e a alma da economia portuguesa” já que, com realidades complexas e heterogéneas, estas “representam 70% do tecido empresarial do País”.

Lamentando a inexistência de uma definição legal para as empresas familiares, Paulo Núncio sublinhou que só 50% destas empresas chegam à segunda geração e 10% à terceira geração. O ex-governante teceu recomendações para que as empresas familiares aproveitem os muitos benefícios fiscais de que dispõem, incluindo instrumentos específicos para a sua condição, que não estão a utilizar por omissão ou desconhecimento, e aconselhou os fundadores destas empresas a criarem um protocolo de sucessão para garantir sustentabilidade na gestão e durabilidade das mesmas.

No encontro, Carlos Breda, presidente da Bresimar, deixou o seu testemunho sobre a gestão da empresa com sede em Aveiro, partilhada por duas gerações, a sua e a dos seus filhos. E reiterou a necessidade de criação de protocolos de sucessão, frisando o caso da sua empresa, cuja segunda geração é um caso de sucesso, por força dessa ferramenta. Carlos Breda sublinhou ainda que uma empresa viável onde a sucessão não é possível pelos motivos mais variados, deve ser alienada, em nome da continuidade e do futuro dos seus colaboradores.

O evento culminou num espaço de debate entre os oradores e a plateia presente.