Solidariedade, respeito, pessoas e partilha

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Foi sobre ética e Bem Comum que se falou nos dois painéis da tarde do segundo dia do XXVI Congresso Mundial da UNIAPAC. Após uma manhã cheia de exemplos inspiradores sobre inclusão e transformação pessoal para encarar os negócios como uma vocação, a tarde foi igualmente inspiradora e rica, começando (no painel 3) com diversos – e bons – exemplos de ética na gestão, e terminando (no painel 4) com testemunhos que comprovam que os negócios podem – e devem – ter um impacto positivo na promoção do Bem Comum e na criação de uma sociedade mais justa
POR MÁRIA POMBO

Após uma manhã carregada de bons exemplos, a tarde do dia 23 de Novembro não poderia ter começado de melhor forma, no Auditório Cardeal Medeiros da Universidade Católica Portuguesa. O terceiro painel do XXVI Congresso Mundial da UNIAPAC, organizado pela Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) e pela UNIAPAC, foi dedicado ao tema “Inspiring Principled Business Performance” (que, em tradução livre, significa “Performance empresarial movida por princípios éticos”).

Marcado pela presença de oradores vindos de diversas partes, nomeadamente da Europa e da América do Sul, este foi um painel bastante heterogéneo mas marcado por uma ideia que esteve presente nos discursos de todos os intervenientes: a de que devemos fazer sempre o bem, e que esta postura é perfeitamente compatível com a gestão de um negócio e o sucesso de uma organização.

Richard Higginson – © Arlindo Homem

O moderador, Christoph Stückelberger, começou por explicar que “estamos a atravessar um período difícil”. Foi através de algumas questões – “Qual é o motor e/ou o critério último para as nossas decisões? Se os negócios podem ser uma vocação dolorosa, como é que os conseguimos manter?” – que o fundador e presidente da plataforma Globethics.net Foundation deu início ao debate.

Com base na ideia de que devemos procurar ser a melhor versão de nós próprios, o keynote speaker desta sessão, Richard Higginson, começou por dizer que tem noção de que “todos os países têm os seus heróis e heroínas nos negócios” e que estes “nem sempre são católicos”.

Partilhando um bom exemplo, o antigo presidente da Faith in Business, no Reino Unido, começou por contar que conheceu, em tempos, um grupo de pessoas – “não mais de 20 mil” – que dirigiam os seus negócios em diversas áreas (indústria têxtil e farmacêutica, e produção de sabonetes, por exemplo) com base na mensagem divina, “gerindo-os de forma responsável e corporizando a prudência e a moderação”, sendo exemplo no que respeita “a produzir cacau sem aditivos, a alojar os seus empregados” e a garantir que estes tinham uma boa qualidade de vida e de trabalho.

“Haverá, ainda, filantropos no Reino Unido?”, questionou, explicando que “muitos dizem cumprir o Reino de Deus e incorporar valores cristãos nas suas empresas”, mas que, na prática, se afastam de questões relacionadas com a promoção do bem-estar de todos, gerindo os seus negócios de um modo pouco ético. Para Higginson “uma empresa tem que ter o exemplo do seu líder e os seus princípios devem ser aceites por toda a força laboral”, desde os trabalhadores aos fornecedores, sendo esta a base de um “modelo de negócios saudável”.

[quote_center]“Uma empresa tem que ter o exemplo do seu líder e os seus princípios devem ser aceites por toda a força laboral” – Richard Higginson[/quote_center]

No seu testemunho, o orador principal deste painel deu ainda o exemplo de uma empresa que acabou por colapsar precisamente porque “os seus líderes eram hipócritas”, já que “tinham valores mas não os praticavam”. Como oferecia “preços baixos e irrealistas”, esta organização conseguiu ganhar muitos projectos, acabando por “não cumprir prazos” nem pagar atempadamente a trabalhadores e fornecedores, acumulando dívidas e dívidas.

O segundo orador convidado foi o mexicano Alejandro Pellico, que deu a sua perspectiva sobre o que significa a liderança como uma vocação. E a este respeito, o presidente da União Social de Empresários do México (USEM) não tem dúvidas de que “temos que ajudar-nos uns aos outros”, garantindo que “o benefício financeiro é o objectivo principal de um negócio” e que “os colaboradores são meios para maximizar o valor da empresa”.

De acordo com o mexicano, as empresas devem “contribuir para o Bem Comum”, e este diz respeito tanto aos colaboradores como aos stakeholders e à própria comunidade, prendendo-se assim com “o bem-estar das pessoas” no geral. É por este motivo que o orador considera que “temos que gerar valor económico mas também temos que o colocar ao serviço da comunidade”, dando às pessoas “aquilo de que precisam para trabalharem mas também para serem melhores pessoas”.

E tudo isto se traduz na ideia de que “devemos olhar para cada individuo como um ser singular” e considerá-lo como “parte da riqueza”.

Sergio Cavalieri, António Pinto Leite, Alejandro Pellico, Etienne Wibaux, Richard Higginson, Christoph Stückelberger – © Arlindo Homem

“O principal valor são as pessoas”

Focando-se, por seu turno, no amor como critério de gestão, António Pinto Leite considera que se “o mandamento do amor é o primeiro”, então “a ética dos negócios também se deve ordenar pelo amor”. Para o fundador da sociedade de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, “um passo essencial é compreender que o amor como critério de gestão não é um distúrbio sentimental”, mas antes o poder e a responsabilidade de “tratar todos os outros como se estivéssemos no lugar deles, com toda a informação”.

De acordo com o antigo presidente da ACEGE, “o amor pode aparecer em diversas palavras”, como “solidariedade” e “Bem Comum”, e continuará vivo “em qualquer que seja a revolução”.

[quote_center]“Liberdade é fazer o que está certo e não aquilo que nos apetece” – Etienne Wibaux[/quote_center]

Vindo de França, o fundador da Fundação Cassiopée, Etienne Wibaux, começou por contar que, “quando era novo achava que a liberdade era essencial” e que “com 23 anos tinha tudo mas não era feliz”. E foi após uma longa conversa com um padre jesuíta que mudou a sua perspectiva de vida, reconhecendo que “liberdade é fazer o que está certo e não aquilo que nos apetece”, que é o mesmo que dizer “amar o próximo e ir ter com ele”, sendo o seu foco as comunidades mais desfavorecidas.

Com base no trabalho desenvolvido na sua fundação, que apoia projectos em países em desenvolvimento, promovendo a inclusão de grupos marginalizados e combatendo a pobreza, Winaux considera que “os tempos difíceis podem ser momentos de reformulação”. Apoiando tanto o micro-empreendedorismo, especialmente junto de mulheres e jovens, como outros projectos (de agricultura, educação e etc.) o orador afirma que “a solidariedade, o respeito pela moderação e a partilha” são fundamentais na sua vida.

Tendo viajado desde o outro lado do Atlântico, Sergio Cavalieri, presidente do conselho de administração do Grupo Asamar, começou por explicar que é “o respeito pelos valores” que permite que o negócio de família já tenha sobrevivido a três gerações e continue activo ao fim de quase 90 anos. Para o gestor e engenheiro civil brasileiro, “o principal valor são as pessoas” e é fundamental “que estas se sintam bem na comunidade e no trabalho”, sublinhando que na sua empresa “não existem diferenças entre empregados e patrões”.

E, ao ver “empresas que deixam de lado os valores e se envolvem em casos de corrupção”, Cavalieri assume não ter dúvidas de que “o sucesso das empresas são os valores cristãos”.

O brasileiro terminou o seu testemunho com duas notas. Primeiramente, explicou que “houve uma mudança de shareholder para stakeholder”, sublinhando que “o principal stakeholder de uma empresa é a sociedade” e que qualquer pessoa que se relacione com a mesma “pode modificá-la”. Por fim, desafiou os empresários a envolverem-se em questões de política, dando o exemplo da Venezuela e explicando que as empresas daquele país não estão a fazer tudo para o salvar de uma crise sem precedentes.

Abordando o tema da corrupção, o moderador questionou os oradores: “podemos ser contra a corrupção, mas o que devemos fazer se a nossa empresa for corrupta?” De acordo com Etienne Wibaux, analisar este assunto “é difícil”, mas para si “a corrupção começa quando não conseguimos explicar aos outros como e por que motivo recebemos um determinado presente”.

Por seu turno, Sergio Cavalieri comentou que foi a corrupção que abalou o Brasil, explicando que devido a “contas públicas destruídas e um governo quebrado”, muitas famílias ficaram endividadas e “o país entrou na maior crise da sua História”. Como explicou o engenheiro civil, “houve recentemente uma mudança e um grupo de juízes está a pôr na cadeia os empresários corruptos”, estando certo de que “se daqui a quatro anos estes políticos não fizerem bem o seu trabalho, serão afastados do poder”.

Uma outra questão lançada por Christoph Stückelberger prendeu-se com as alterações que a revolução tecnológica veio trazer ao mundo. E a este respeito Alejandro Pellico entende que “como cristãos, o desafio é entender que tudo isto é uma passagem”. Por seu turno, António Pinto Leite explicou que “é preciso humanizar as relações electrónicas”, considerando que nestas “existe uma ‘secura’ que faz impressão”.


Cada propósito grandioso deverá ser um propósito de cura

Raj Sisodia – © Arlindo Homem

O segundo painel da tarde (e quarto do Congresso) dedicou-se ao impacto positivo dos negócios no Bem Comum. Tal como o painel anterior, este contou com a participação de oradores de diversas partes do planeta, mais propriamente de países europeus e asiáticos. E se no terceiro “grupo” havia uma ideia transversal a todos os oradores, neste o mesmo não aconteceu, tendo em conta a diversidade de perspectivas e os diferentes modos como os convidados abordaram o tema.

Raj Sisodia, o co-criador do movimento Conscious Capitalism (CC) foi (bem) escolhido para ser o orador principal do painel que fecharia os trabalhos do congresso no seu segundo intenso dia. Sob o mote “Incentivar os negócios com impacto positivo no bem comum”. Depois de, no dia anterior, ter estado em Lisboa para “inaugurar” a Comunidade CC em Portugal, Sisodia aproveitou também o palco para uma estreia antecipada da sua próxima obra – The Healing Organization: Awakening the Conscious of Business to Help Save the World, a qual assenta na premissa de que, quando geridas da forma certa, as empresas podem aliviar o sofrimento existente nas nossas vidas, ao mesmo tempo que têm uma performance extraordinária.

E foi exactamente a falar de sofrimento que Sisodia deu início à sua apresentação, começando por afirmar que, e apesar da violência física estar em declínio na generalidade do planeta, o mesmo não acontece com o sofrimento psicológico, antes pelo contrário. Munido com algumas estatísticas, Sisodia referiu que o número de suicídios está a aumentar de forma generalizada e que a forma como trabalhamos tem muito a ver com o assunto. A título de exemplo, dados de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos referem que 88% dos trabalhadores afirmam trabalhar em empresas que não se preocupam com eles enquanto seres humanos. Estátambém provado que os ataques de coração são em maior número às segundas-feiras, entre outras conclusões bem exemplificadas no mais recente livro de Jeffrey Pfeffer (sobre o qual o VER já escreveu), como é o caso de 60% dos agregados americanos estarem tecnicamente insolventes e deos aumentos salariais dos empregados comuns não passarem dos 10% face aos 937% auferidos pelos CEO.

[quote_center]“É altura de as empresas acordarem, crescerem e assumirem-se como parte da solução” – Raj Sisodia[/quote_center]

Tudo isto para concluir que os custos humanos de se fazer negócios como “é normal” são elevadíssimos, que não existe factura para todo este sofrimento e que as suas consequências se reflectem nas pessoas, nas crianças, no planeta e que “curar tem de ser o meta-propósito dos nossos tempos”, relativamente “a nós próprios, às nossas famílias, comunidades, empresas e países”.

Para o orador, o verdadeiro propósito dos negócios é duplo e integra não só a criação de prosperidade como a necessidade de cuidar. Como deve igualmente servir as necessidades das pessoas. É essa energia de serviço e de cuidado uns com os outros que leva Sisodia a concluir que “a actividade empresarial é fundamentalmente curar”, em conjunto com a ideia defendida por Herbert Kelleher, co-fundador, presidente emérito e ex-CEO da Southwest Airlines, que sempre afirmou que “o negócio dos negócios é as pessoas”.

Depois de um exercício explicativo da “psicologia essencial das energias humanas”, Sisodia regressa aos princípios do capitalismo consciente: o “porquê” da existência de um determinado negócio, o “como” este deve funcionar – através do propósito -, o “quê” que deve ter em conta a integração de todos os stakeholders e a ideia de que todos devem ganhar, e o “quem” o deve gerir, ou seja, líderes conscientes que praticam culturas de cuidado. Assim, e numa fusão entre o seu anterior livro e o próximo, o propósito de qualquer empresa deverá ser “fazer algo que valha a pena ser feito e ganhar dinheiro” em substituição de “fazer algo só para ganhar dinheiro”.

Ou, e em suma, cada propósito grandioso deverá ser um propósito de cura. Pois, e na verdade, o que estamos a fazer na actualidade é a usar e a explorar, ao invés de tomarmos conta e curar.

Por seu turno, e num tom manifestamente feliz, José Luis Perez começou o seu testemunho dizendo que “é um milagre fomentar os negócios para o Bem Comum”. Sendo fundador da UCAM, uma organização espanhola sem fins lucrativos, o orador contou que, em conjunto com a mulher e oito dos seus 14 filhos, já foi missionário e viveu em zonas bastante pobres. E, com base nas experiências que já teve, o orador explicou ainda que a universidade que criou “trabalha para ser uma referência no ensino superior”, ajudando os jovens mais carenciados através do desporto. Para o espanhol, “a profissão de empresário é maravilhosa”, orgulhando-se de dar emprego a mais de 20 pessoas com deficiência.

Claudia Belli, Roberto Laviña, Felix Pole, José Luis Perez, Virachai Techavijit, Raj Sisodia, Maria Manuel Seabra da Costa – © Arlindo Homem

“Trabalharei oito horas por um bom salário e 24 horas por uma boa causa”

Dando o seu testemunho na qualidade de empresário no sector da mineração, Felix Pole começou por se questionar de que modo é que o negócio visto como uma vocação está relacionado com a actividade que desenvolve. Afirmou também que “45% do PIB deriva da mineração”, sendo este um sector que “dá emprego a muita gente”. O orador explicou ainda que a sua empresa “é pequena, actua localmente e tem um papel activo na sociedade”.

O empresário convidado para falar neste quarto painel contou ainda que a sua empresa “está prestes a abrir uma mina” e que “quando acabarem as operações, a zona será requalificada e reabilitada”, sublinhando que os colaboradores envolvidos naquele projecto “terão habilitações para avida, que lhes permitirão trabalhar tanto em mineração como em outras áreas como a maquinaria”.

Para o inglês, “os negócios podem ser uma vocação nobre se se focarem em fazer o bem”, estando certo que “entre o lucro a curto prazo e a sustentabilidade a longo prazo, temos sempre que escolher a segunda opção”.

Dando uma perspectiva um pouco mais pragmática, Claudia Belli, responsável pelo departamento de empreendedorismo social e microfinanças do BNP Paribas explicou que, através de algumas medidas, a organização onde trabalha consegue “fazer o bem e evitar o mal”. E como? A gestora contou que “mesmo podendo ter prejuízos”, uma das primeiras medidas tomadas foi “deixar de trabalhar com empresas do sector do tabaco e deixar de financiar alguns tipos de gás”.

[quote_center]“Os negócios podem ser uma vocação nobre se se focarem em fazer o bem” – Felix Pole[/quote_center]

Não estando satisfeita, a administração desta instituição financeira decidiu “fazer algo de uma forma pró-activa” e “criar políticas que ajudem os cidadãos a cumprir o Acordo de Paris, apoiando projectos que contribuam para a economia verde”. A título de exemplo, a oradora explicou que decidiram “dar empréstimos de incentivo positivo”, ou seja, “se os clientes apresentarem projectos que ajudem o ambiente, reduzimos os preços”. Uma outra medida está relacionada com o apoio crescente a empresas sociais, com investimentos que já ultrapassaram um milhão de euros. O resultado são “empresas mais envolvidas” e produtos mais verdes e amigos do ambiente.

Vindo das Filipinas, Roberto Laviña começou por dizer que, para si, o objectivo dos negócios é “tornar as vidas melhores”, em especial ados mais desfavorecidos. O gestor garante que o Phinma Group, onde trabalha, “já transformou bairros de lata em habitações sociais”, tendo construído “1180 casas com instalações eléctricas legais”.

Complementarmente, Laviña sublinha que o grupo garante educação acessível a todos. De acordo com o orador, “muitos dos estudantes que chegam só completaram o ensino básico”, sendo encaminhados para um programa de literacia. O gestor terminou o seu testemunho com uma certeza: “trabalharei oito horas por um bom salário e 24 horas por uma boa causa”.

O último convidado para falar neste painel chegou da Tailândia com a convicção de que “os negócios são nobres porque criam trabalho e, consequentemente, aumentam o bem-estar da humanidade”. Virachai Techavijit é fundador e presidente da Regent’s International Schools & Colleges e defende que “é dever fundamental de qualquer líder garantir que os seus negócios melhoram a vida de todos, dentro e fora da organização”, mas que a teoria nem sempre corresponde à realidade, já que “a fraqueza é humana e errar é ainda mais humano”.

No seguimento desta ideia, o gestor explicou que “os líderes devem estar atentos e criar ambientes saudáveis” para evitar maus comportamentos, tendo em conta que “as tentações criam a corrupção” e que esta “é a doença que destrói os negócios e os países, perturbando o bem-estar global”.

Para o orador, a tecnologia – e nomeadamente através da Blockchain e de outras invenções que estão a ser testadas em países como a Estónia – pode ser vista como aliada ao combate à corrupção, tendo em conta que se trata de um sistema inquebrável e “incorrompível” através do qual será possível navegar e fazer transacções sem perigo, e onde os dados estão seguros.

De acordo com Virachai Techavijit, “os líderes empresariais têm a obrigação moral de proteger todos os bancos de dados de negócios com mecanismo de protecção Blockchain”, evitando assim a existência de “mais lacunas nos sistemas operacionais das organizações”. E defendeu que, sem esta protecção “o modo como os negócios são geridos não pode ser considerado uma vocação nobre”.

Após as apresentações, houve ainda espaço para debate entre os oradores, moderado por Maria Manuel Seabra da Costa. O keynote speakerdeste painel assegurou que os defensores do movimento do capitalismo consciente NÃO são contra o lucro – sendo a performance económica também um valor de negócio – e que se é socialmente irresponsável não gerar lucro, é importante saber de que forma este é gerado. Se as empresas criam muitas riquezas, continua, “a verdade é que também as destroem, seja ao nível financeiro, intelectual, social, emocional, espiritual e cultural”. E, remata, “é altura de as empresas acordarem, crescerem e assumirem-se como parte da solução”. E não do problema.

E foi com esta ideia que o segundo – e intenso – dia do XXVI Congresso Mundial da UNIAPAC chegou ao fim.