Quando o Papa Francisco lançou aos jovens o desafio de “re-animar a economia!”, sentimos que esta provocação era também para nós.
Os jovens responderam imediata e positivamente ao apelo do Papa, mostrando que estão disponíveis para ajudar a construir um modelo de crescimento económico em que “(…) o respeito pelo meio ambiente, o acolhimento da vida, o cuidado da família, a equidade social, a dignidade dos trabalhadores e os direitos das gerações futuras (…)” sejam harmonizados com progresso, rentabilidade, sustentabilidade empresarial e lucro.
Este apelo encontrou eco nos nossos corações. Já não somos mais os jovens estudantes, mas somos os atuais empresários que têm em mãos a construção presente da economia. Somos aqueles que diariamente abrem as portas das suas empresas para produzir bens e prestar serviços; para empregar trabalhadores, atender clientes, negociar com fornecedores. Sentimo-nos desafiados, tal como aqueles jovens, a rever os nossos hábitos empresariais e a questionar as nossas organizações.
Queremos ser, também nós, protagonistas de uma mudança económica que precisa começar já a transformar as nossas empresas e organizações em “canteiros de esperança”, combatendo de forma efetiva a cultura do descarte, da exploração, do oportunismo e da maximização do lucro como fim último das empresas. Antes, queremos ser protagonistas de uma economia responsável, sã e comprometida com um futuro digno e fraterno.
A dinâmica proposta pela ACEGE através dos Grupos Cristo na Empresa, proporcionou ao grupo de Setúbal, o espaço adequado para a reflexão e partilha. Ao longo destes meses temos percorrido um caminho de crescimento e de confronto entre as exigências da realidade económica e as exigências de um Evangelho que se quer Vivo e vivido.
A experiência, mesmo on-line, permite a comunhão e a superação conjunta. Inquietam-nos as questões colocadas pela Economia de Francisco. Mas, fazendo o caminho juntos, a par com o nosso assistente espiritual, o Padre Fernando Paiva, temos conseguido dar passos, concretizando as ideias em ações, políticas, processos e procedimentos que de forma efetiva contribuam para uma “economia que faz viver e não mata”.
Cada empresário sente-se amparado e fortalecido pelo grupo e juntos chegaremos, por certo, mais longe!
E para o empresário cristão não importa “se é tão longe a praia onde tem de chegar, se sobre si levar constantemente pousada a clara luz do Seu olhar”
Sofia Nascimento | Grupo 38 – Setúbal