Já é Natal? Aproveitemos!

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Gonçalo Lobo Xavier, Membro do Comité Económico e Social Europeu

Estamos a 11 de Novembro de 2014. O tempo (meteorológico) começa agora a ser o que estamos habituados, com a chuva e o frio a aparecerem depois do estranho “verono” (mistura de outono e verão que tivemos até há dias, pelo menos em temperatura e dias de sol…) que nos acompanhou nas últimas semanas. E por isso a altura de nos prepararmos para um inverno que parece que vai ser rigoroso e para dias mais curtos mas que fazem parte do calendário. Normal portanto.

Os estudantes ainda estão a fazer os primeiros testes do 1º período escolar (os que o iniciaram mesmo…) e já quase não há marmelos para fazer marmelada (nem haveria sol para a secar). Não há dúvidas: o S. Martinho é por agora e o mês de Novembro tem 30 dias.

Dito isto, o que me leva a situar no tempo os dias que pasdo Natal já chegaram! Sim, por todo o lado já temos as luzes e as promoções, os sons e os chamamentos de um certo natal a que ninguém é alheio.

Quem havia de dizer que a mais de 45 dias da data comemorativa do nascimento de Jesus já tínhamos manifestações de contentamento um pouco por todo o lado? Realmente os tempos mudaram e até me atrevo a dizer que mudaram para melhor. Temos de estar agradecidos por nos lembrarem, a tantos dias do grande dia que o Natal está a chegar e que por isso nos devemos preparar para ele.

Serão estes sinais, estas luzes e afins, que nos farão pensar no nascimento do Deus Menino? Será então desta vez -com esta antecedência- que vamos iniciar um caminho de reflexão sobre o que é o Natal e como devemos lembrar, sobretudo aos mais novos, a grande alegria que aí vem? Imaginem o que é preparar uma festa de anos com esta antecedência?! O Natal vai ser mesmo de arromba este ano!

Não julguem que estou contra e que irei fazer uma prosa anti consumista alertando os leitores para os exageros de se gastar o rendimento (pouco) disponível em compras muitas vezes desnecessárias e desadequadas. Entendo que cada vez mais os indivíduos são capazes de, com bom senso, tomar decisões acertadas sobre a capacidade de absorver os seus (parcos) recursos financeiros neste desvaira que pode ser esta época

Ao contrário, também quero que os nossos comerciantes cumpram o seu papel pois a eles temos de agradecer este excelente auxiliar de memória. Sem ironias, agradeçamos aos comerciantes mais este sinal e oiçamos os seus alertas para recordar que o Natal vem aí. Compremos pois as lembranças que pudermos, dentro das possibilidades de cada um, mas recordemos o motivo pelo qual o fazemos e tenhamos em mente, sem falsidades ou complexos, que o maior presente que aí vem é mesmo a vinda do Menino Jesus, da sua Graça e bondade e que não há luz maior do que essa. Só falta cerca de um mês e meio. Está quase, portanto!