Nos bastidores da vida, não é incomum presenciarmos situações contrárias às nossas convicções e, ao invés de intervirmos, optarmos pelo silêncio ou pela inacção. Por que motivo sentimos medo ou vergonha de expressar o que nos vai na alma? O que nos impede de agir de acordo com a nossa consciência?
Numa definição generalista, coragem moral significa fazer o que está certo independentemente de corrermos o risco de sermos inconvenientes, ridicularizados, castigados ou até mesmo incorrermos em situações de insegurança laboral ou de status social, o que poderá levar, em última instância, a perdermos o emprego ou o “lugar” que ocupamos na nossa vida pessoal, social ou profissional.
A coragem moral exige que nos posicionemos acima da apatia, da complacência, do ódio, do cinismo, da cultura do medo face aos nossos sistemas políticos, divisões socioeconómicas e diferenças culturais e/ou religiosas.
E porque fazer o que é certo significa escutarmos a nossa consciência, ignorar essa voz poderá traduzir-se em sentimentos de inadequação, culpa, remorso ou a sensação de que a nossa integridade ficou diminuída, tal como o que acontece no vídeo acima escolhido.
Ter coragem moral significa ainda fazer julgamentos sobre acções ou comportamentos que sustentam os nossos mais elevados ideais, obrigando-nos a reconhecer as nossas responsabilidades e a questionar as consequências das nossas próprias acções – ou a sua ausência.