Capitalismo consciente é curar e servir em vez de usar e extrair

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© consciouscapitalism.org

Antes de enunciar os princípios do capitalismo na sua famosa obra A Riqueza das Nações, Adam Smith tinha já dedicado um livro, o seu primeiro, à Teoria dos Sentimentos Morais. No livro é proposta uma teoria da simpatia, a qual reza que o acto de nos imaginarmos no lugar dos outros serviria para nos tornar mais conscientes de nós mesmos e da moralidade do nosso comportamento. De acordo com Raj Sisodia, “essa consciência elevada, que nos faz querer cuidar do outro e que deveria permear todas as nossas instituições sociais, ficou de fora na compreensão dos fundamentos que a maioria das pessoas tem sobre o capitalismo”. Integrar esta consciência no tecido empresarial é o objectivo do já mundialmente (re)conhecido movimento Conscious Capitalism, do qual Sisodia é precursor e co-fundador e que ocupa o lugar central na entrevista que se segue
POR HELENA OLIVEIRA

“O negócio é benéfico porque cria valor, é ético porque está fundamentado numa transacção voluntária, é nobre porque pode elevar a nossa própria existência e é heróico porque retira pessoas da pobreza e cria prosperidade. Contudo, podemos aspirar a sempre mais.

O Capitalismo Consciente é a forma de pensar no capitalismo e nos negócios que melhor reflecte onde nos posicionamos na jornada humana, no estado actual do nosso mundo e no potencial inato das empresas para gerarem um impacto positivo. As empresas conscientes são galvanizadas por propósitos mais elevados que servem, alinham e integram os interesses de todos os seus principais stakeholders. O seu estado elevado de consciencialização permite-lhes ver as interdependências que existem entre todos os stakeholders, permitindo-lhes descobrir e cultivar sinergias a partir de situações que, de outra forma, pareceriam meros trade-offs. Estas empresas têm líderes conscientes que são motivados a servir o propósito da empresa, todas as pessoas por ela tocadas e o planeta que todos partilhamos. As empresas conscientes têm culturas inovadoras, autênticas, de confiança e de cuidado, que oferecem a quem nelas trabalha uma fonte de crescimento pessoal e realização profissional. Elas esforçam-se para criar riqueza ecológica, física, espiritual, emocional, cultural, social, intelectual e financeira para todos os seus stakeholders.

Os negócios conscientes irão ajudar a que o nosso mundo evolua, para que milhares de milhões de pessoas possam prosperar e liderar as suas vidas impregnadas de paixão, propósito, amor e criatividade: um mundo de liberdade, harmonia, prosperidade e compaixão”.

Credo do movimento Conscious Capitalism [em tradução livre]

Quando [com John Mackey] iniciou o movimento do “capitalismo consciente”, em conjunto com a publicação do livro Conscious Capitalism: Liberating the Heroic Spirit of Business, ambos afirmaram que uma das respostas mais previsíveis que obtinham das pessoas quando mencionavam esta ideia de “capitalismo consciente” era : “mas isso é um oximoro!”. Qual a sua definição destas duas palavras que, por norma, não são usadas lado a lado?

Tudo o que fazemos na vida é feito com consciência. Podemos é fazer essa mesma coisa com um nível elevado ou baixo de consciência. Ou, e dito de outra forma, poderemos fazê-lo consciencializando-nos para curar e servir oupara usar e extrair.

Neste contexto, o nosso propósito em justapor estas duas palavras que, normalmente, não estão associadas uma com a outra, serve para sublinhar o facto de que temos vindo a praticar um capitalismo com um baixo nível de consciência desde que Adam Smith em Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações [mais conhecido apenas como “A Riqueza das Nações” e escrito em 1776] enunciou o poder dos mercados e chegou à ideia de que a liberdade conduz à prosperidade.

Smith sugeria que quando as sociedades eram organizadas em torno do princípio que enunciava que os indivíduos eram livres de perseguir o seu próprio auto-interesse, concentrando-se nas suas escolhas e sendo livres de transaccionar entre si, a maioria das necessidades da maioria das pessoas seria satisfeita por outras pessoas, deixando relativamente muito pouco a fazer por parte dos governos. Este aspecto da natureza humana está relacionado com a sobrevivência, e depois com o sucesso, e é geral e insuficientemente definido como o bem-estar material.

Todavia, existe um aspecto mais elevado da humanidade, o qual se traduz na necessidade de cuidar. E Adam Smith escreveu também e de forma brilhante sobre este aspecto, em 1759, no livro A Teoria dos Sentimentos Morais. O problema é que essa consciência elevada, que nos faz querer cuidar do outro e que deverá permear todas as nossas instituições sociais, ficou de fora na compreensão dos fundamentos que a maioria das pessoas tem sobre o capitalismo.

Assim, o nosso movimento surge como um esforço para integrar esta consciência mais elevada no tecido empresarial. E, ao fazê-lo, os negócios podem explorar melhor a extraordinária capacidade para “cuidar” de que todos nós, enquanto seres humanos, somos dotados. O que resultará não só num mundo mais próspero, mas também num mundo livre de muito do sofrimento que testemunhamos todos os dias.

Karl Mark teria “celebrado” o seu 200º aniversário em 2018. E a sua crítica ao capitalismo parece, no entender de muitas pessoas, ainda mais pertinente na actualidade, tendo em conta a crise climática, o desemprego crónico e a desigualdade global. Adicionalmente, há que recordar também que Marx previu o fim do capitalismo. De uma certa forma, é possível afirmar que o vosso movimento está a ir ao encontro do “fim do capitalismo tal como o conhecemos”?

Se continuarmos a percorrer este caminho descendente que nos caracteriza, terei de concordar com a ideia de que poderemos mesmo vir a assistir ao fim do capitalismo tal como o conhecemos. A verdade é que o sistema foi “desviado” para beneficiar, de forma esmagadora e desproporcional, uns poucos, ao mesmo tempo que impõe custos draconianos a muitos outros. Podemos testemunhar esta realidade nos Estados Unidos, onde o salário dos trabalhadores subiu apenas 10% em 35 anos – entre 1978 e 2013 -, sendo que o dos CEO aumentou 937% no mesmo período. E tal como escreveu Peter Georgescu, “Nas últimas quatro décadas, o capitalismo tem vindo a cometer um suicídio lento. As regras do jogo tornaram-se cancerosas e estão a matar-nos”.

[quote_center]O sistema [capitalista] foi “desviado” para beneficiar, de forma esmagadora e desproporcional, uns poucos, ao mesmo tempo que impõe custos draconianos a muitos outros[/quote_center]

Como também sabemos, o capitalismo é um sistema que pode e deve promover uma prosperidade generalizada, estando fundamentalmente enraizado na dignidade humana e na liberdade. Mas a forma como o temos vindo a enunciar e a praticar resultou num conjunto de problemas sérios. A degradação do ambiente e os perigos resultantes para o nosso futuro enquanto espécie são bem conhecidos. Mas a verdade é que também causámos uma extraordinária quantidade de sofrimento aos trabalhadores, às suas famílias, às comunidades e até aos clientes.

E tudo isto aconteceu porque tivemos a consciência de tratar todos estes participantes do sistema como um meio para atingir um fim, ou seja, o de gerar o maior lucro possível. Desta forma, precisamos urgentemente de alterar essa consciencialização no sentido de incorporar um propósito mais elevado em cada negócio, que transcenda o lucro, e que, de forma consciente, procure criar valor e servir todos os respectivos stakeholders. O que inclui a sociedade, os parceiros, os empregados, os clientes, as comunidades, o ambiente e os investidores.

Se o Capitalismo Consciente não é “uma estratégia ou um modelo de negócio, mas antes uma filosofia abrangente para se fazer negócios”, de que forma é que uma empresa se pode tornar “consciente”?

Uma empresa torna-se mais conscienciosa exactamente da mesma forma que um ser humano aumenta a sua consciência: através de uma sensibilização aprofundada e de uma maior compreensão das consequências oriundas de estados baixos de consciencialização. E o caminho para tal acontecer tem de ser feito através dos líderes empresariais. Estes têm de ser despertados para as consequências das suas acções e para o sofrimento causado pelo impacto das suas decisões. Precisam de ver e sentir visceralmente que o sofrimento existe no interior das suas empresas: as duras condições de trabalho e os salários magros dos seus empregados e o impacto nos filhos desses mesmos empregados devido ao facto de terem pais ausentes, extremamente stressados, financeiramente inseguros, deprimidos e ansiosos.

Quando os líderes são confrontados com as consequências das suas acções, o seu sentimento mais profundo relativamente ao que é certo e errado é despertado. Como afirma James Baldwin, “Nem tudo o que é enfrentado pode ser mudado. Mas nada pode mudar até ser enfrentado”.

Este tipo de exercício pode conduzir a sentimentos de desespero entre os líderes, a não ser que, em simultâneo, lhes seja apresentada uma alternativa. E é exactamente isso que nós, na Conscious Capitalism Inc, procuramos fazer.

[quote_center]Os líderes precisam de ver e sentir visceralmente que o sofrimento existe no interior das suas empresas[/quote_center]

A nossa função é mostrar que este tipo de empresa não é nem fraco nem ineficaz, mas e na verdade, mais forte e resiliente do que a concorrência. Mostramos também que apesar de pagarem melhor aos seus empregados, investirem nos cuidados com os clientes, não “espremerem” os seus fornecedores e investirem nas suas comunidades bem como no ambiente, essas mesmas empresas podem ser substancialmente lucrativas. E, apesar de à primeira vista este cenário não parecer plausível, temos também a capacidade de demonstrar como é possível torná-lo uma realidade.

Assim que [os líderes] se comprometerem mentalmente mas, e mais importante, emocional e espiritualmente com este caminho de transformação, passamos a ter uma abundância de ferramentas, estruturas e sistemas que os ajudam a embarcar nesta viagem que visa tornar as suas empresas em negócios conscientes. Começamos por fazer uma avaliação exaustiva do estado da empresa, o que confere aos seus líderes uma ideia do que é que já está a ser bem feito e onde residem as suas maiores oportunidades ao longo dos  quatro pilares do Capitalismo Consciente [propósito, stakeholder, liderança e cultura]. Adicionalmente, os líderes em “transformação” podem utilizar também o nosso livro Conscious Capitalism Field Guide: Tools for Transforming the Organization como um guia orientador para a sua viagem.

“O negócio é benéfico porque cria valor, é ético porque está fundamentado numa transacção voluntária, é nobre porque pode elevar a nossa própria existência e é heróico porque retira pessoas da pobreza e cria prosperidade. Contudo, podemos aspirar a sempre mais”. As palavras pertencem ao credo do vosso movimento e dado que o XXVI Congresso Mundial da UNIAPAC é exactamente sobre como gerir um negócio com nobreza, que tipo de inspiração gostaria de partilhar com os demais líderes para que sejam eles a desejar “aspirar a sempre mais”? [pelo menos, a mais do que o lucro]

Os líderes de negócio são, antes de qualquer outra coisa, seres humanos. E tal como a maioria dos seres humanos, respondem ao poder das histórias. No meu livro Firms of Endearment: How World Class Companies Profit from Passion and Purpose, apresento o perfil de 28 empresas que seguem os princípios fundamentais do Capitalismo Consciente, incluindo igualmente um conjunto de histórias extraordinárias que demonstram o impacto humano desta forma de fazer negócios. E, a não ser que um líder seja completamente desprovido de coração e de humanidade, é impossível que não se sinta tocado e sensibilizado por estas histórias.

No meu próximo livro, cujo título será The Healing Organization: Awakening the Conscience of Business to Help Save the World, apresento um conjunto de muitas outras histórias que aprofundam ainda mais estas matérias, na medida em que demonstram de que forma é que várias empresas conseguiram restaurar pessoas, comunidades e ecossistemas que estavam danificados e em profunda tensão conferindo-lhes uma saúde plena e uma nova vitalidade.

[quote_center]Quando os líderes são confrontados com as consequências das suas acções, o seu sentimento mais profundo relativamente ao que é certo e errado é despertado[/quote_center]

Em cada um destes livros, comprovamos como é que empresas que operam desta forma são, a longo prazo, mais bem-sucedidas financeiramente do que aquelas que continuam a trabalhar sob o velho paradigma de criar riqueza extraindo-a das pessoas e do planeta.

Muhammad Yunus, “pai” do microcrédito e laureado com o Nobel da Paz foi, alegadamente, a primeira pessoa a utilizar o termo “capitalismo socialmente consciente”em 1995. Quase 25 anos mais tarde, parece que a evolução do conceito não foi tão brilhante e célere quanto seria desejável. Na sua opinião, quais são os maiores obstáculos que impedem os líderes de alterar o seu modelo de “business as usual”?

O principal obstáculo é a consciência dos líderes que ainda ocupam posições de poder nas empresas e nos conselhos de administração. Ou seja, são os indivíduos que subiram nos rankings empresariais devido à sua capacidade de, consistentemente, “apresentarem os números”, o que em linguagem de negócios significa evidenciar crescimento e lucro de forma eficiente.

Estes mesmos indivíduos são também basicamente motivados por poder e por dinheiro, tendo atingido ambos, e em substancial quantidade, graças ao sistema existente. E apesar de ser possível alterar o nível de consciência de alguns destes indivíduos, muitos deles estão, e na verdade, profundamente “casados” com esta forma de ser, sendo incapazes de mudar. Na verdade, são vários os estudos que demonstram que existe uma elevada proporção de sociopatas nas salas dos conselhos de administração, comparável à que existe nas prisões de alta segurança.

Assim, são ainda muitos os guardiões que desejam manter o status quo, o qual não deixa de ser uma qualidade inerentemente humana. Todavia, existe esperança e devido a três factores em particular.

Em primeiro lugar, e devido ao rápido envelhecimento da maioria das sociedades no planeta, é cada vez maior o número de pessoas que está na meia-idade ou acima dela. Ou seja, vivemos num tempo de intenso questionamento sobre o significado e propósito da vida de cada um de nós. É uma altura fértil para as pessoas reexaminarem as suas prioridades e se dedicarem a equilibrar as suas vidas no sentido de uma busca mais gratificante.

[quote_center]A nossa função é mostrar que este tipo de empresa não é nem fraco nem ineficaz, mas e na verdade, mais forte e resiliente do que a concorrência[/quote_center]

Em segundo lugar, estamos a testemunhar a ascensão das mulheres no mundo, em conjunto com os valores femininos, o que está fortemente correlacionado com o desejo de se fazerem negócios de uma forma mais holística, inclusiva, justa e sustentável.

Em terceiro lugar, temos também a maior geração de sempre, os Millennials, que estão agora ou a entrar para a força laboral ou já a caminho de cargos de liderança, e em escala alargada. Em grande medida e muito provavelmente, esta é também a geração mais orientada pelo propósito e pelos valores de que há memória.

Assim, acreditamos e temos a esperança de que uma combinação destes factores criará, brevemente, uma onda de momentum que será imparável, a qual irá transformar fundamentalmente o ambiente de negócios e a sociedade dentro de uma ou duas décadas.

Por que motivo nunca se revelou muito entusiasta relativamente à Responsabilidade Social Corporativa?

Na maioria das vezes, a Responsabilidade Social Corporativa (RSC) é apenas um “add-on” numa forma já existente de fazer negócios. Ou seja, simplesmente acrescenta um “fardo de responsabilidade” ao modelo prevalecente. Na medida em que a RSC reconhece, que no decurso dos negócios, pode estar a ser causado algum mal à sociedade, as empresas investem em programas de responsabilidade social para tentar aliviar algumas dessas consequências negativas. Por exemplo, uma empresa alimentar poderá colocar dinheiro em programas educativos sobre nutrição. Uma empresa de tabaco poderá ajudar organizações sem fins lucrativos que se dediquem à prevenção ou a ajudar pessoas a deixar de fumar. Mas nós acreditamos antes no alinhamento social corporativo. Ou seja, o que a empresa faz no seu core deve ser fundamentalmente bom para a sociedade. Não existe necessidade de remediar ou aliviar nada, porque a empresa não está, simplesmente, a causar quaisquer danos. E mesmo que não gaste um cêntimo em programas de RSC ou em filantropia, ainda assim é bem melhor do que os negócios tradicionais que utilizam a RSC para continuarem a infligir danos e a causar sofrimento.

No seu livro Conscious Capitalism dedica um capítulo inteiro ao amor. O que tem o amor a ver com os negócios? Será porque, como também afirma, os líderes conscientes procuram o “poder com” em vez do “poder sobre” as pessoas?

O amor tem muito a ver com qualquer que seja o aspecto das nossas vidas! Alguém disse, não sei se foi Sigmund Freud, que “o amor e o trabalho são os pilares da nossa humanidade”. Somos a única espécie que trabalha mesmo quando não precisa de o fazer enquanto forma de sobrevivência. E o nosso movimento traduz-se também na combinação do amor e do trabalho. Por que motivo precisamos desta separação entre as nossas vidas pessoais e profissionais? Por que razão nos aconselham a deixarmos a nossa humanidade à porta do nosso local de trabalho? O que nos impede de trazermos o nosso “eu”, inteiro, para o trabalho todos os dias? Por que é que está errado não sentirmos e/ou expressarmos amor pelas pessoas com quem trabalhamos? Por que não é possível servir os nossos clientes com um sentimento genuíno de amor e cuidado?

[quote_center]O nosso movimento traduz-se também na combinação do amor e do trabalho[/quote_center]

Numa sociedade livre, são dadas oportunidades às empresas, mas também a enorme responsabilidade de estas satisfazerem as necessidades da maioria das pessoas. E nós, enquanto seres humanos, temos necessidades, mas também temos vulnerabilidades. E é certo que existem certos tipos de empresas que exploram essas vulnerabilidades, para nos fazer sentir inseguros, para nos convencer de que, a não ser que compremos os seus produtos, não estaremos estáveis, não seremos amados ou não nos sentiremos realizados. Quando abordamos os negócios que são fundamentalmente motivados pelo auto-interesse, acabamos por ver as pessoas como objectos para o nosso sucesso. Exploramos e usamos os nossos empregados, clientes, investidores, comunidades e o ambiente apenas para ganhar dinheiro para nós mesmos.

[quote_center]Quando satisfazemos de forma autêntica as necessidades genuínas de alguém, estamos, na verdade, a “completar” essa pessoa, a torná-la inteira[/quote_center]

Mas se abordarmos o negócio – como o devemos fazer – enquanto um veículo para a auto-expressão e para cuidarmos dos outros, servindo-os e criando valor, então este transformar-se-á numa forma de revelar a nossa mais profunda humanidade, uma forma para expressarmos o amor aos nossos próximos. E qualquer empresa no planeta consegue operar desta forma. Qualquer negócio, independentemente das especificidades relativamente a quem serve ou ao que vende pode ser um negócio curativo ou regenerador. E curar significa fazer pessoas inteiras, regenerando-as até atingirem um estado de bem-estar. Quando satisfazemos de forma autêntica as necessidades genuínas de alguém, estamos, na verdade, a “completar” essa pessoa, a torná-la inteira.

Adam Smith descobriu que a liberdade conduz à prosperidade. Mas a prosperidade não garante a felicidade. E o que nós propomos é operar a partir de um amor genuíno que leva à cura: ao alívio do sofrimento e ao engrandecimento da alegria. E isso é algo pelo qual vale a pena lutar.