São muitas as organizações que trabalham em prol de uma sociedade mais justa e mais organizada Aliás, o trabalho das chamadas “organizações da sociedade civil” tem sido bastante elogiado precisamente pela sua capacidade de intervenção real e objectiva em diversos domínios que são “normalmente” entregues à esfera do Estado ou de entidades da área da administração pública, local ou central.
O resultado do trabalho destas organizações é muitas vezes desconhecido do público mas tem impacto na vida de muitos cidadãos e é bom que assim seja: não há necessidade directa de reconhecimento público quando se procura o “bem comum”.
Evidentemente que o reconhecimento da sociedade é importante pois não só ajuda ao reforço da importância da mensagem ou trabalho que se quer desenvolver mas também sustenta de algum modo, os objectivos que se pretendem alcançar.
Vem esta reflexão a propósito do grande objectivo programático e estratégico da ACEGE, não apenas para 2016 mas desde sempre. Diz explicitamente o site da ACEGE (www.ACEGE.pt) que o seu objectivo é “inspirar líderes a mobilizar a comunidade a viver o amor e a verdade no mundo económico e empresarial”.
E como é que a ACEGE e os seus membros querem que esta “provocação” aconteça? Bom, não apenas com o exemplo de cada um, na sua vida, na sua empresa, mesmo na sua família e sociedade, mas também através de pequenas acções e projectos inspiradores que mobilizem esta mesmo sociedade em tomo desta inspiração e à volta desta mudança de atitude por parte de cada um.
Claro que é difícil e que os desafios modernos são cada vez mais exigentes e até, desmobilizadores de atitudes positivas perante um futuro laboral cada vez mais incerto e inseguro. Mas é precisamente nestes desafios e nesta luta permanente e diária que se encontrará o caminho para o crescimento pessoal e profissional que tenha impacto verdadeiramente diferenciador na nossa vida e na dos que nos rodeiam.
Não é por isso de estranhar que as acções programáticas para os próximos anos encerrem muitas das preocupações do empresário e também do trabalhador o Fundo Bem Comum, enquanto ferramenta (possível) de acção mobilizadora para quem precisa de “alavancar” uma ideia ou actividade; as iniciativas de “Pagamentos pontuais” como liderança pelo exemplo, em empresas e autarquias no sentido de moralizar os pagamentos aos fornecedores e colaboradores (“a tempo e horas!”), afinal, um imperativo moral e de crescimento; os programas e palestras sobre a “conciliação família/trabalho”, essenciais para o desenvolvimento de uma sociedade assente e respeitadora da família e do valor do indivíduo; ou ainda a extraordinária realidade dos grupos “Cristo na Empresa”, uma acção mobilizadora e que continua a surpreender as empresas e os empresários pela sua simplicidade e assertividade.
Tudo isto pode e deve ser feito pelos empresários, para os empresários e para os colaboradores.
Numa altura em que a Europa (e Portugal) procura ainda e de novo uma identidade e um caminho, há trilhos que estão já marcados e que poderão ajudar a sociedade a caminhar de forma segura, repito, respeitando o essencial da liberdade dos indivíduos.
A ACEGE quer marcar esse trilho, de forma simples mas impactante, com acções e o envolvimento de muitos para melhorar, transformar e inspirar a tal sociedade mais justa e correcta
Como refere o Presidente da ACEGE na sua mensagem recente, “Cristo convidou os seus discípulos em contexto profissional, devolvendo-lhes uma nova dignidade e missão. É esse mesmo Cristo que se cruza hoje nas nossas vidas profissionais e nas nossas empresas. Estejamos atentos e disponíveis”.