A ACEGE congratula-se vivamente pela eleição do novo Papa da Igreja Católica, Bento XVI.
O Papa Bento XVI, desde há muito reconhecido como um intelectual de excepção com um imenso sentido de fidelidade e de amor à Igreja, foi enquanto Cardeal uma das figuras-chave do Pontificado de João Paulo II, durante o qual assumiu as funções de Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Muitos consideram Ratzinger um conservador, mas a verdade é que o novo Papa sempre foi alguém que esteve na vanguarda da acção da Igreja, quer quando aos 35 anos participou activamente no Concílio Vaticano II com ideias claras e inovadoras, quer na forma clara e frontal como dirigiu a Congregação ou apoiou em permanência toda a acção de João Paulo II.
Bento XVI é um homem simples, de uma enorme humildade e coragem que procurou sempre cumprir a sua missão de guardar o essencial da Igreja – a relação de amizade com Cristo vivo –, facultando as bases doutrinais necessárias para que a Igreja se possa relacionar e “falar” abertamente com o Mundo. Nesse sentido nunca hesitou em protegê-la de tudo o que pudesse distorcer a mensagem de Cristo, como aconteceu em relação aos excessos da Teologia da Libertação, onde a sua acção em união a João Paulo II foi determinante.
Isto mesmo foi referido pelo Cardeal Ratzinger na homilia que assinalou o início do Conclave: “Ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, é muitas vezes rotulado como fundamentalismo, enquanto o relativismo, ou seja, o deixar-se levar por aqui e por ali, ao sabor dos ventos da doutrina, surge como a única atitude à altura dos tempos modernos. Vai-se constituindo uma ditadura do relativismo, que não reconhece nada como definitivo e que deixa, como última medida, apenas o próprio Eu e o que lhe apetece”. É por isso que, segundo as suas palavras, se torna necessário “ter uma fé adulta e profundamente enraizada na amizade com Cristo, porque a única coisa que permanece eternamente é a alma humana, o homem criado por Deus para a eternidade”.
Aos empresários e gestores não será difícil perceber, claramente, estas palavras. Isto porque só uma empresa que tenha a sua estratégia centrada no essencial – e tendo esse essencial claramente definido para todos o poderem conhecer –, terá hipóteses de alcançar o sucesso. Porque só assim a empresa sabe para onde caminha, só assim é possível perceber os objectivos que se pretendem alcançar.
É pois também esta mensagem que o Cardeal Ratzinger tem feito questão de nos transmitir sem tibiezas. Só assumindo ideias e valores claros e fundamentadas podemos aspirar a ajudar a esclarecer o sentido da nossa vida, só com valores claros e fundamentados podemos aspirar a defender os valores junto de uma sociedade onde o relativismo impera. Só defendendo aquilo que é central para a nossa actividade poderemos aspirar a defender e dignificar o Homem.
Dito de outra forma: importa assumir a doutrina se quisermos ter um diálogo claro e frutuoso com o Mundo, na certeza de que só assim se conseguem bases sólidas para a construção de uma Igreja que não segue “pseudo” progressismos, caminhos fáceis e mediáticos, mas que procura sempre Amar e seguir a Cristo.
É por isso que a ACEGE se alegra profundamente com a eleição de Bento XVI, e confiante na acção do Espírito Santo reafirma a sua união ao Papa e apela a todos os seus associados que respondam positivamente ao primeiro apelo feito pelo Papa, no dia da sua eleição, e rezem pelo seu pontificado e pela Igreja.
A Direcção da ACEGE